Iniciou nesta semana a instalação das telas de proteção reforçada que vai envolver o antigo prédio da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP). A estrutura tem como objetivo evitar que estilhaços de entulho escapem da área de impacto de 300m. A implosão da antiga sede da SSP será realizada no próximo domingo (6), pela FBI Demolidora.
O engenheiro responsável pela detonação dos 200kg de explosivos, Manoel Jorge Diniz Dias, detalhou que a preparação para obra iniciou há cerca de um mês, no dia 1º de fevereiro. “Nessa data, nossa equipe adotou as primeiras providências em relação à limpeza e sinalização da obra. Sinalização que se faz necessária que é por conta daquela região colapsada, onde temos estrutura, peças, telhados, estrutura metálica, que encontram-se em equilíbrio instável. Essa instabilidade, o risco é marcante aos olhos e principalmente com ventania que ocorre com alguma frequência nessa região”, explicou.
Para a instalação da estrutura de proteção, funcionários da FBI Demolidora, empresa contratada para realizar a implosão e a retirada das 20 mil toneladas de entulhos que irão restar no terreno após a operação, sobem até o quarto andar do prédio e passam a tela ao redor de toda a estrutura através da abertura das janelas. As telas são estendidas e fixadas cobrindo os quatro lados da edificação.
Quatro camadas da tela de proteção reforçada serão colocadas no local para evitar que, durante a implosão, pedaços da estrutura sejam arremessados para fora da área de risco. A previsão é de que, até sexta-feira (4), todas as telas estejam instaladas.
Além dos entulhos, que devem ser contidos pelo envelopamento, a vibração pelo terreno, o ruído e a poeira também são impactos da operação. Dias afirma que a vibração pelo terreno gerada na implosão ficará abaixo dos padrões nacionais previstos na norma ABNT NBR 9653, que houve avaliação prévia de imóveis mais sensíveis e que foi realizado um relatório, registrado em cartório, antes da implosão, não acreditando em danos a imóveis no raio de 300 metros, delimitado para a evacuação. “Não temos nenhuma preocupação com esse tipo de ocorrência”, garante.
*Com informações do repórter Felipe Nabinger do Correio do Povo