Conselho de Segurança: Rússia veta resolução da ONU sobre agressão contra Ucrânia

Brasil votou a favor do texto; China, Emirados Árabes Unidos e Índia se abstiveram

R7

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu na noite desta sexta-feira para votar a resolução que condenaria a invasão russa à Ucrânia. A Rússia, que tem poder de veto, votou contra e foi o único país a fazê-lo. O Brasil, que tem assento temporário no conselho, votou a favor, assim como os Estados Unidos e outros países. China, Emirados Árabes Unidos e Índia se abstiveram. Foram, então, 11 votos favoráveis dos 15 membros.

A palavra “condenar” foi retirada do texto proposto e substituída por “deplorar”, uma referência ao Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas, que prevê um possível recurso à força, também suprimido.

O texto, que foi apoiado por cerca de sessenta países, também instou a Rússia a “cessar imediatamente o uso da força” e “abster-se de qualquer ameaça ilegal ou uso de força contra um estado membro da ONU”.

A resolução pedia que a Rússia “retirasse imediata, completa e incondicionalmente” suas forças militares da Ucrânia e “revertesse” a decisão de reconhecer a independência das províncias do leste ucraniano de Donetsk e Luhansk, em guerra, uma vez que “viola a integridade territorial”.

Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU, abriu os discursos do Conselho de Segurança. Ela foi dura em relação à Rússia e responsabilizou Vladimir Putin, presidente russo, pela guerra.

Ronaldo Costa Filho, embaixador do Brasil na ONU, disse que o Conselho de Segurança tem de agir com urgência. Ele afirmou que é necessário buscar diálogo e disse ainda que “a invasão do território soberano é inaceitável”.

“Não é tarde demais para parar essa loucura”, pediu o embaixador albanês, Ferit Hoxha, defendendo o texto.