Vigilância emite alerta epidemiológico sobre casos autóctones de dengue na cidade

Em todo o ano passado, foram confirmados em Porto Alegre 83 casos de dengue, sendo 65 autóctones e 18 importados

Vigilância ambiental atua na região e dialoga com moradores. Foto: Patrícia Coelho / PMPA

A confirmação de três casos autóctones de dengue em Porto Alegre, somada às condições climáticas favoráveis à transmissão da doença, levou a Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis (EVDT) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a emitir alerta epidemiológico à rede de serviços de saúde de Porto Alegre nesta quinta-feira (24).

No documento, a EVDT alerta profissionais de saúde para suspeita de arboviroses (doenças transmitidas por insetos), durante o atendimento a casos com sintomas compatíveis com as doenças, como febre com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos dois  dos seguintes sintomas: manchas vermelhas na pele, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos, leucopenia (mediante exame laboratorial), vermelhidão nos olhos.

Segundo a enfermeira Raquel Rosa, chefe da Equipe da Diretoria de Vigilância em Saúde, os profissionais também devem considerar a “similaridade dos sintomas com a Covid-19, que pode mascarar a suspeita de arbovirose, atrasando o diagnóstico e a adoção oportuna das medidas de controle ambiental”, enfatiza.

Em 2022, até a Semana Epidemiológica 07 (02/01 a 19/02/22), 23 casos suspeitos de dengue foram notificados entre residentes de Porto Alegre. Destes, três casos foram confirmados, todos autóctones (contraídos na cidade). Também houve a confirmação de um caso de chikungunya, importado de Manaus. Em 2021, no mesmo período, foi confirmado um caso importado de dengue. Em todo o ano passado, foram confirmados em Porto Alegre 83 casos de dengue, sendo 65 autóctones e 18 importados.

Nesta quinta-feira, a Vigilância Ambiental da DVS realizou três operações para bloqueio de transmissão viral, com aplicação de inseticida, em parte dos bairros Morro Santana, Jardim Carvalho e Bom Jesus, locais onde houve a confirmação dos casos.  Chamada de “controle químico”, a operação com inseticida visa diminuir o risco de transmissão de vírus das doenças. Não se trata de uma ação para “desinsetização” de alguma área.

Infestação

Dos 45 bairros que contam com armadilhas do sistema de monitoramento MI Aedes, na semana epidemiológica 7 (12 a 19/2), 25 apresentam infestação alta do mosquito Aedes aegypti, 11 encontram-se em situação de alerta, sete tem infestação moderada e dois, infestação baixa. Clique aqui e veja a situação nos bairros.

Saiba mais sobre a infestação vetorial e a situação da dengue e das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti em Porto Alegre no site www.ondestaoaedes.com.br.