A Polícia Civil do Distrito Federal identificou o homem que apontou uma arma e ameaçou dois jovens após uma discussão de trânsito na região de Águas Claras. Trata-se de um militar da Marinha, de 49 anos, lotado no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Identificado a partir de informações colhidas pelos investigadores e pela placa do carro que usou no dia das agressões, o homem prestou depoimento na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). O indiciamento cita os crimes de lesão corporal e constrangimento ilegal. O militar vai responder em liberdade.
O caso ocorreu em 8 de fevereiro, próximo a um centro universitário. O militar abordou a dupla, de 21 e 25 anos, desceu do carro armado, agrediu e ameaçou os jovens.
Uma das vítimas, de 25 anos, disse à polícia que dirigia o veículo quando desviou de um buraco e um outro carro passou ao lado. O motorista desse automóvel, então, colocou a arma para fora e mandou a vítima parar e descer do carro. Assim que saíram, os dois ocupantes foram agredidos com chutes e empurrões.
“Ele me chutou, me agrediu, bateu a arma na minha testa três vezes. Falou que se eu olhasse para ele, ele ia explodir minha cabeça, ia me matar. Falou que a gente era vagabundo, xingou a gente de todos os nomes possíveis”, relatou um dos jovens à Record TV.
Após as agressões, o militar fugiu do local. Aos investigadores, ele alegou que abordou o veículo porque os jovens faziam “direção perigosa”, colocando a vida de terceiros em risco.