Adolescentes imunossuprimidos vão receber duas doses extras de vacina contra Covid-19

Para o ministro Marcelo Queiroga, há doses suficientes para ampliação

Foto: Cristine Rochol/PMPA

Os adolescentes com baixa imunidade foram incluídos no público-alvo para receber duas doses extras da vacina contra a Covid-19. O Ministério da Saúde publicou nota com a atualização, nesta quinta-feira. Segundo o ministro Marcelo Queiroga, há vacinas suficientes para garantir a ampliação da campanha, já que o grupo é reduzido.

A nova orientação da pasta é destinada à faixa etária a partir de 12 anos de idade. O ministério prevê uma dose adicional ao esquema primário, além de um reforço a ser administrado a partir de quatro meses da última aplicação.

As quatro doses a serem administradas em adolescentes imunocomprometidos devem ser da Pfizer, única vacina autorizada para a imunização desse público. O grupo de pessoas consideradas imunossuprimidas abrange as transplantadas, as que possuem imunodeficiência primária grave, as que fazem quimioterapia para câncer, as que fazem hemodiálise e as que possuem HIV/Aids.

A quarta dose para a população em geral ainda não é avaliada pelo ministério, apesar de o tema ser motivo de debate na Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid). “Essa ansiedade em querer aplicar a quarta dose sem evidência científica não ajuda no enfrentamento à pandemia”, destacou Queiroga, afirmando que a prioridade é impulsionar a população a completar o esquema vacinal e tomar a dose de reforço.

Gestores locais, porém, já indicaram a incorporação de uma quarta dose para toda a população, independentemente do que decidir o Ministério da Saúde. É o caso do estado de São Paulo e da cidade do Rio de Janeiro. Queiroga avaliou a novidade como mais uma interferência em decisões que são do escopo federal, mas disse não temer um movimento coordenado nesse sentido por parte de outros governadores, já que cabe ao governo federal distribuir novas doses.