A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada nesta terça-feira, 8, trouxe indicativos de como a autoridade monetária projeta os próximos meses. A projeção do IPCA de 2022, por exemplo, indica uma alta de 5,4%, com manutenção da taxa de juros variando conforme a pesquisa Focus e o câmbio partindo de R$ 5,45 e evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC).
O documento não sinaliza, de maneira concreta, em informações que poderiam indicar a continuidade do arrocho monetário na reunião do colegiado em março, apenas que é mais adequado o ritmo do ciclo de altas ser reduzido. O documento revela preocupação com a adoção de políticas fiscais que buscam controlar a inflação no curto prazo, ressaltando que as medidas podem gerar efeito de alta na inflação.
O cenário já tinha sido sinalizado no comunicado da semana passada, quando o Copom aumentou a Selic em 1,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano, a oitava alta consecutiva e o mais expressivo ajuste monetário desde 1999. Entretanto, pela primeira vez, há um indicativo de rompimento da meta da inflação considerando o teto de 5%.
O Banco Central projeta ainda a possibilidade de bandeira tarifária “vermelha patamar 1” em dezembro de 2022 e dezembro de 2023, melhorando o cenário melhor do que em dezembro passado, quando previa bandeira “vermelha patamar 2”.