O número de trabalhadores com carteira assinada no país ficou em 34,224 milhões de pessoas no trimestre móvel encerrado em novembro de 2021, sinalizando a criação de 1,330 milhão de vagas no setor privado com carteira em um trimestre. O número representa um avanço de 4,0% ante o trimestre móvel encerrado em agosto, a maior alta em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. Na comparação com um ano antes, são 2,645 milhões de trabalhadores com carteira assinada a mais, alta de 8,4%.
Os dados são diferentes, tanto em termos de metodologia quanto de período de referência, das informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), registro administrativo de responsabilidade do recém-recriado Ministério do Trabalho, previstos para serem divulgados na próxima semana. Conforme estimativas do mercado, a mediana de analistas para o saldo entre admissões e demissões, em dezembro de 2021, é negativa em 171 mil postos. Com isso, conforme a mediana, 2021 deverá fechar com a criação de 2,868 milhões de vagas.
Conforme Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, a criação de vagas com carteira assinada já está puxando a expansão da ocupação. Em um trimestre, as vagas tidas como informais responderam por 43% da expansão total da população ocupada. “Nos primeiros meses da retomada do mercado de trabalho, a participação dos postos informais na expansão da ocupação chegou a ficar entre 70% e 80%”, disse a pesquisadora do IBGE.