Os brasileiros estão mais otimistas em relação ao futuro da economia, à sua situação financeira e à expectativa de queda da inflação e do desemprego em 2022. A avaliação sobre o ambiente econômico nos últimos meses, ao contrário, é bastante negativa. É o que mostra uma pesquisa do DataFolha realizada entre os dias 13 e 16 de dezembro com 3.666 brasileiros em 191 municípios.
Conforme o levantamento, 42% apontam que a situação do país vai melhorar nos próximos meses, e para 20% vai piorar. Outros 35% dizem que ficará igual como está. Os números superam os apresentados no final de 2020, quando 28% esperavam melhorar, 41% piorar e 28% projetavam estabilidade, principalmente resultado das incertezas quanto às restrições de circulação em função da Covid-19.
O maior percentual de otimismo aconteceu em março deste ano, com o indicador chegando a 11% e um pessimismo de 65%. A avaliação positiva acontece majoritariamente entre empresários (50%), evangélicos (49%) e apoiadores do governo (65%). Para quem acredita em piora, o ranking é liderado por ricos (33%), pessoas com curso superior (29%) e aqueles que reprovam o atual governo (28%).
No levantamento, 73% esperam que o ano seja melhor que 2021 para todos os brasileiros, contra 8% de quem espera o pior e 15% que será igual. O otimismo é maior entre as pessoas de menor renda, pois cerca de 75% de quem ganha até cinco salários mínimos espera um 2022 melhor que este ano, percentual que cai para 60% nas faixas de maior renda.