Com o comércio de rua fechado na Holanda, os planos dos consumidores para o Natal foram por água abaixo após o país iniciar, neste domingo, um bloqueio com o objetivo de limitar um aumento de casos de covid-19 por causa da variante Ômicron.
O primeiro-ministro, Mark Rutte, anunciou o lockdown repentino, na noite desse sábado, ordenando o fechamento de todas as lojas, exceto as essenciais, bem como restaurantes, salões de beleza, academias, museus e outros locais públicos, a partir deste domingo até, pelo menos, 14 de janeiro.
A notícia chocou muitos holandeses, que faziam preparativos para o período de Natal e Ano Novo. Milhares de pessoas correram às lojas no sábado, em meio a rumores publicados na imprensa sobre o lockdown, para comprarem presentes e comida, além de cortar o cabelo na última hora.
Os trabalhadores do setor hoteleiro exigiram compensação pela perda de renda na temporada de férias, enquanto donos de academias enfatizaram a importância dos exercícios durante uma crise sanitária.
“Fechar todos os bares e restaurantes em um mês tão importante é incrivelmente doloroso e dramático. Precisamos de compensação e uma estratégia de saída”, disse a Associação Holandesa de Serviços de Hotelaria.
Todas as escolas encerrarão as atividades uma semana antes do feriado de Natal, na segunda-feira, e devem permanecer fechadas até 9 de janeiro. A recomendação é que as famílias recebam até dois visitantes, assim como as confraternizações.
As infecções por coronavírus na Holanda caíram a níveis recordes nas últimas semanas, após a adoção de um lockdown noturno no fim do mês passado. No entanto, os casos envolvendo a variante Ômicron aumentaram rapidamente desde o início de dezembro e espera-se que a cepa se torne dominante antes do fim do ano.
O governo disse no sábado que vai acelerar a aplicação de doses de reforço da vacina, após um início lento da campanha, e até o final do mês, pretende fornecer doses extras para todos acima de 60 anos de idade.
Embora mais de 85% da população adulta holandesa esteja vacinada, menos de 9% dos adultos receberam até agora a dose de reforço, uma das taxas mais baixas da Europa.