O Congresso Nacional reservou parte desta sexta-feira para analisar vetos do presidente Jair Bolsonaro. Vários deles foram derrubados, acrescentando dispositivos a leis aprovadas pelo presidente ou incluindo toda uma legislação antes vetada por ele. As derrubadas de vetos de hoje beneficiaram agricultores familiares e agentes comunitários de saúde.
Além de manter o Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões, o Congresso derrubou o veto a um projeto que previa ações emergenciais de auxílio à agricultura familiar. Esse projeto, aprovado no Congresso e apelidado de Lei Assis Carvalho 2, previa um auxílio ao setor até 2022. Entre as medidas da lei está o pagamento de um auxílio no valor de R$ 2,5 mil por família para produtores em situação de pobreza e extrema pobreza. Com a derrubada do veto, a lei vai ser promulgada.
Os parlamentares também derrubaram o veto à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para autorizar o reajuste do piso salarial de agentes comunitários de saúde e de agentes de combate às endemias. Nas galerias do Congresso, representantes da categoria acompanharam a votação. O veto derrubado estabelece que a Lei Orçamentária e os créditos adicionais devem discriminar, em categorias de programação específicas, as dotações destinadas às despesas com o reajuste do piso desses servidores.
O Congresso também derrubou o veto à criação de plano de assistência à saúde a policiais civis do Distrito Federal e dependentes e o veto à regulamentação da profissão de despachante.
Vetos não analisados incluem absorventes e programa emergencial
Outros vetos programados para análise no dia de hoje acabaram ficando de fora da pauta. Dentre eles, o veto ao projeto que garantia a distribuição gratuita de absorventes para mulheres de baixa renda, inclusive adolescentes.
O veto ao programa emergencial de retomada do setor de eventos durante a pandemia de Covid 19 também não chegou a ser analisado. Esses vetos deverão ser analisados em fevereiro.
Alguns pontos do veto à privatização da Eletrobras, como a autorização da compra de ações remanescentes da União por empregados e ex-empregados da Eletrobras e o aproveitamento de ex-empregados da empresa e das subsidiárias pelo Poder Executivo também ficarão para 2022.