PIB gaúcho registra queda de 3,5%, no terceiro trimestre, em relação ao anterior

Conforme Departamento de Economia e Estatística (DEE), resultado sofreu influência direta da falta de expressividade da agropecuária

Atividades econômicas estão restritas por decretos de municípios, estados e União | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Divulgação
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Divulgação

O Pruduto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul fechou o terceiro trimestre do ano com queda de 3,5% em relação aos três meses anteriores. Os dados, divulgados nesta quinta-feira pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, apontaram, no entanto, crescimento de 4,2%, na comparação com o período de julho a setembro de 2020.

Segundo o DEE/SPGG, os números do terceiro trimestre mostraram ainda que o Estado teve queda superior à do Brasil (-0,1%) na comparação com os três meses anteriores. De outro lavo, teve desempenho melhor que o nacional no comparativo com o mesmo período de 2020 (4,2% contra 4%) – superando o país nos três principais segmentos da economia: Agropecuária (+16,0% contra -9,0%), Indústria (+3,1% contra +1,3%) e Serviços (+6,0% contra 5,8%).

De acordo com a pesquisadora e coordenadora da Divisão de Análise Econômica do DEE/SPGG, Vanessa Sulzbach, o resultado da economia gaúcha no terceiro trimestre do ano em comparação com os três meses anteriores sofreu influência direta da falta de expressividade da agropecuária, embora tenha apresentado bom desempenho em outros setores.

“Essa queda foi muito influenciada pela agropecuária, justamente porque a base da agropecuária no segundo trimestre era muito alta. Então, a agropecuária em relação ao segundo trimestre deste ano teve uma queda de 10% – pouco até maior que a queda do setor nacionalmente, que ficou em 8%. Já o ponto positivo é que na margem indústria e serviços cresceram em relação ao segundo semestre deste ano. A indústria cresceu 1,7% – enquanto no Brasil o setor ficou estagnado – e os serviços cresceram 1,5% – pouco acima do que cresceram os serviços no Brasil – em relação ao segundo semestre”, analisou a pesquisadora. Vanessa também destacou que, na Indústria de Transformação, a mais representativa indústria do Rio Grande do Sul, a alta no Estado chegou a 0,2%, nessa base de comparação, contra -1% no Brasil.

Acumulado

Já no acumulado do ano, de janeiro a setembro de 2021, a alta no PIB gaúcho chega a 12,2%. No Brasil, o crescimento é de 5,7% no mesmo período. Em nível estadual, o desempenho é sustentado pelo crescimento da Agropecuária (+72,1%), seguida das altas da Indústria (+11,8%) e dos Serviços (+3,9%).

Na taxa acumulada dos últimos quatro trimestres, a variação do PIB gaúcho é de 8,8% contra 3,9% do Brasil.