Preparem-se. Para quem usa gás natural, vem aí um reajuste estimado em 50%, na média, a partir de janeiro. A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) confirmou que as negociações com a Petrobras estão encerradas para os novos contratos de suprimento da estatal com as concessionárias estaduais.
A Abegás entrou com uma representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em novembro, denunciando as práticas anticompetitivas da estatal e tenta reaver o aumento dos preços. A associação mantém, junto ao Cade, o pleito para que as condições contratuais vigentes até 31 de dezembro sejam mantidas para 2022.
Em nota oficial, a Abegás afirma que, sem opções, as distribuidoras “serão obrigadas a firmar contratos nessas bases, impedindo que os consumidores tenham seu abastecimento prejudicado”. A Petrobras alega que o aumento dos preços no Brasil reflete a inflação global do gás natural liquefeito (GNL) — que têm sido bastante pressionados pela crise energética da China e Europa.