Até maio do próximo ano haverá sobra de potência ou oferta de energia, garantindo o abastecimento do Brasil, depois do ano de 2021 registrar a maior crise hídrica em 90 anos. A informação é do diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Ciocchi, com base em estudos que confirmam que a água chegou em outubro, dois meses antes de 2020.
Mas, este cenário não afasta, segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Ciocchi o risco de racionamento em 2022, “por que risco sempre existe”. Ele salientou que somente de energia eólica e solar serão adicionados mais 10 mil megawatts no próximo ano.
O dirigente disse que a termelétrica de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, com capacidade instalada de 640 megawatts (MW), está operando por meio de liminar, apesar da contrariedade do operador.
“Entramos com agravo para deixar de despachar, o preço é muito elevado e não deveria ser despachada”, disse.
A Âmbar Energia, braço do grupo J&F, comprou a Central Térmica Uruguaiana (CTU), que pertencia ao grupo argentino San Atanasio Energia (Saesa) em junho deste ano, mas não conseguiu fazer a unidade operar no pico da crise hídrica, quando era necessária.
Agora, segundo Ciocchi, o ONS tem desligado as térmicas mais caras e vai operar em dezembro com um total de cerca de 15 mil megawatts de geração termelétrica, contra os 20 mil MW que vinham sendo despachados desse tipo de energia.