Homem é preso em flagrante em operação da Polícia Civil contra o “Golpe da Arara”

Suspeito, abordado por agentes em Caxias do Sul, portava 30 munições

Investigações começaram no ano passado, com apreensão de 8 toneladas de produtos. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Um homem foi preso em flagrante pela Polícia Civil, nesta terça-feira (14), no cumprimento dos mandados da Operação Reinserção. A força-tarefa, deflagrada pela Delegacia de Repressão ao Roubo e Furto de Cargas (DRFC), cumpriu ainda 21 mandados de busca e apreensão em sete cidades gaúchas e uma catarinense.

No Rio Grande do Sul, os agentes percorreram as ruas de Porto Alegre, Cachoeirinha, Canoas, Esteio, Gramado, Gravataí e Caxias do Sul. Foi justamente no último município da lista que foi realizada a prisão. O suspeito, abordado pelos agentes, portava 30 munições para armas de calibres .32 e .38.

Segundo as autoridades, a operação tem como alvo um grupo de estelionatários que aplica o chamado “Golpe da Arara”. As investigações começaram em maio do ano passado, quando mais de oito toneladas de pescado armazenadas em um depósito na CEASA foram recuperadas em Porto Alegre. À época, duas pessoas foram presas.

A organização usa o nome de uma grande rede de supermercados para obter cargas do tipo e depois inserir os produtos no mercado. “O combate ao esquema responsável pela receptação e reinserção de mercadorias obtidas por meios ilícitos é de importância ímpar no combate à subtração de cargas”, ressalta o delegado Alexandre Fleck.

Alvos

Inicialmente, a Polícia Civil pretendia cumprir sete mandados de prisões preventivas e cinco de prisões temporárias no âmbito da Operação Reinserção. No entanto, o Ministério Público entendeu que todas as doze ordens judiciais deveriam ser de caráter preventivo. Já a 17ª Vara Criminal de Porto Alegre negou a detenção dos investigados.

Por isso, foram efetuadas apenas ações de busca e apreensão. Os elementos recolhidos pelos agentes devem ser utilizados na sequência dos trabalhos, visando a prisão de todos os envolvidos no esquema. Dentre os itens, destacam-se produtos sem notas fiscais e os celulares dos investigados.