Viamão: Polícia autua casal por latrocínio de motorista de aplicativo

Caso é tratado inicialmente com latrocínio, mas hipótese de homicídio também será apurada

POLÍCIA
Motorista de 51 anos, natural de Piraquara, Paraná, morreu no acidente

A 1ª DP de Viamão, sob comando da delegada Marcela Brito, investiga o assassinato de um motorista de aplicativo, de 45 anos, registrado na noite dessa sexta-feira. O crime ocorreu, perto das 21h30min, na ERS 040 (Rodovia Tapir Rocha), no bairro Sítio São José. A vítima, sem antecedentes criminais, teve mãos e pés amarrados no interior de um Renault Sandero, de cor prata, com placas de Viamão. A polícia encontrou o corpo no porta-malas do automóvel.

Na manhã deste sábado, em entrevista à reportagem do Correio do Povo, o diretor da 1ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (1ª DPRM), delegado Juliano Ferreira, contou ter autuado um casal pelo latrocínio. “A Brigada Militar desconfiou deste veículo e realiizou a abordagem. Um casal abandonou o carro e fugiu”, explicou. Na sequência, os agentes encontraram o corpo.

Os PMs prenderam, primeiro, a mulher suspeita. “Ela relatou, com requintes de detalhes, que foram assaltar o motorista de aplicativo. O namorado dela acabou matando por esganadura”, disse Juliano Ferreira. “Pouco depois, a Brigada Militar prendeu o suspeito. Ele relatou exatamente o que a namorada falou, as circunstâncias do fato e da morte da vítima, mas acrescentou ter sido contratado por R$ 1 mil para matar o motorista”, afirmou o titular da 1ª DPRM.

“É meio fantasiosa essa versão do homicídio. O que vamos apurar é se realmente foi um roubo ou se ele foi contratado para matar alguém”, resumiu. “O casal foi autuado por latrocínio por ser essa a versão mais coerente”, concluiu o delegado.

Policiais militares do 18º BPM atenderam inicialmente a ocorrência. O local ficou isolado para o trabalho das equipes do Departamento de Criminalística e do Departamento Médico Legal, ambos do Instituto-Geral de Perícias. O trabalho investigativo da Polícia Civil vai agora buscar possíveis testemunhas e imagens de câmeras de monitoramento na região. Também aguarda os laudos periciais, entre outras diligências.