Depois de subir por quatro meses consecutivos, o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgado nessa terça-feira (7) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), permaneceu estável na passagem de setembro para outubro. Mesmo assim, o indicador manteve-se 7,9% acima do patamar anterior ao da pandemia, em fevereiro de 2020, mas com desaceleração nos últimos meses.
Na média móvel trimestral, que compara o trimestre encerrado em outubro com o encerrado em setembro, a alta é de 0,7%, enquanto foi de 1%, em setembro, e 1,3%, em agosto. “A intensidade e a disseminação do crescimento em 2021, relativamente a 2020, ocorrem devido principalmente à base de comparação baixíssima do ano passado e ao momento atual favorável do agronegócio, além do aumento das exportações”, explica o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
A estabilidade do IDI-RS no mês refletiu resultados diferentes de seus seis componentes em outubro. Foram três quedas, em compras industriais (-5,7%), horas trabalhadas na produção (-1,5%) e utilização da capacidade instalada (-0,5 ponto percentual), duas altas, em faturamento real (2,6%) e emprego (0,5%), e uma estabilidade, em massa salarial real. A indústria gaúcha operou no mês com 83,4% de sua capacidade instalada e o emprego cresceu pelo 17º mês consecutivo.
Na comparação com os mesmos períodos de 2020, o IDI-RS cresceu 6,6% em outubro, na 14ª taxa positiva consecutiva, e, no acumulado dos dez primeiros meses do ano, 14,4% (era de 15,4% até setembro). As compras industriais, com 35,7%, as horas trabalhadas na produção, 16,7%, e o faturamento real, com 10,1%, puxaram o desempenho do índice. Também contribuíram positivamente a UCI (6,7 pontos percentuais), o emprego (6,7%) e a massa salarial real (4,2%).