Uma das mães das vítimas da boate Kiss, Suely Urquiza, que perdeu a filha Natasha Oliveira Urquiza na tragédia de Santa Maria, chegou nesta manhã no Foro Central de Porto Alegre e disse esperar que os réus do julgamento sejam condenados. “Espero justiça e que os responsáveis sejam condenados”, disse ela, que veio de Uruguaiana e não integra a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).
Ao todo, 242 pessoas morreram em decorrência do incêndio na boate, que ocorreu em 2013. Um dos réus, Luciano Bonilha Leão, que era produtor musical da banda Gurizada Fandangueira, que fazia apresentação na noite da tragédia, passou mal momentos antes do júri ter início. A informação foi confirmada pelo seu advogado, Jean Severo. Na entrada, o acusado chorou e afirmou, aos gritos, que “não é assassino”.
Também são réus no Caso Kiss os sócios da casa noturna Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos. Todos respondem por homicídio simples (242 vezes consumado, pelo número de mortos, e 636 vezes tentado, número de feridos).
A expectativa é que o julgamento do Caso Kiss, o maior na história do Rio Grande do Sul, dure duas semanas. Em razão dos protocolos de prevenção à pandemia de Covid-19, serão liberados no plenário do julgamento 124 lugares para acompanhamento do julgamento de forma presencial. Todas as pessoas que estarão no júri do caso Kiss deverão apresentar passaporte vacinal.
A distribuição de lugares para o julgamento de forma presencial será da seguinte maneira:
Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM): 58 lugares
Imprensa: 12 lugares (sendo oito para a imprensa em geral)
Acusados: 28 lugares (7 para cada um deles)
Familiares que não integram a Associação: 10 lugares
Ministério Público: 2 lugares
Autoridades: 8
Reservados: 6
*Com informações dos repórteres André Malinoski e Aristoteles Junior