Melo defende legalização de jogos de azar, incluindo o do bicho

Em entrevista ao Dus2 Poadcast, prefeito de Porto Alegre disse que "não há nada mais sério" do que esse tipo de aposta

Foto: Alina Souza/Correio do Povo

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), alegou ser favorável à liberação do jogo do bicho. As declarações foram feitas ao Dus2 Poadcast, apresentado pelos jornalistas Cristiano Silva e Geison Lisboa.

Mesmo sem afirmar que existe algum movimento sendo feito em prol da liberação desse tipo de aposta, o chefe do executivo municipal destacou que essa modalidade de jogo é “séria”.

“Tem alguma coisa mais séria do que jogo do bicho? O cara não assina nada e o cara vai lá e ganhou R$ 1.000 e tá aqui teus R$ 1.000 no envelopinho”, disse o prefeito. Melo ponderou que o crime está em todo o lugar, e que a corrupção em torno do jogo só persiste por que as coisas não ocorrem “às claras”.

O prefeito também reiterou que Porto Alegre trabalha para tentar criar, no curto prazo, uma loteria municipal, com objetivo de subsidiar a passagem de ônibus de estudantes de baixa renda.

“Estou estudando ela (a loteria) porque teve uma mudança e o Supremo se manifestou sobre isso. Então, eu pedi um parecer formal da procuradoria, dei um prazo para eles de, mais ou menos, um mês para que eles possam dar um parecer”, explicou.

Questionado sobre o andamento de obras públicas em Porto Alegre, o prefeito afirmou que é muito mais fácil fazer obras para ricos do que para pobres.

“Quando a obra é para pobre é muito mais difícil porque a sociedade é assim. Quando for fazer obras para rico é mais fácil porque tem lobistas. Uma coisa é tu fazer a Perimetral outra coisa é tu fazer uma obra lá no bairro Mário Quintana, onde um pontilhão sanitário eu demorei quatro meses para fazer porque não pode, a Smamus (Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre) não libera, e começa a papelada”, revelou.

Ainda durante a entrevista, o emedebista declarou ser contrário à legalização da maconha por acreditar que a droga está relacionada ao crime: “É a porta de entrada para a cocaína, a pedra, para tudo”.

Além disso, ele também defendeu que os formandos de universidades públicos prestem serviço gratuito à sociedade durante o curso ou paguem mensalidade, se tiverem condições.