Pelo menos 14 pessoas foram presas, na manhã desta quinta-feira (25), em razão dos desdobramentos da nova fase da Operação Arca. Segundo a Polícia Civil, esta foi a maior ofensiva até agora no âmbito do combate à caça ilegal e ao tráfico de animais silvestres e armas no Rio Grande do Sul.
Cerca de 200 animais – entre pássaros, tartarugas e roedores – foram apreendidos. Os agentes também recolheram 300 gaiolas, três armas de fogo, R$ 10 mil em espécie, celulares e drogas. Mais de 200 policiais civis e militares foram mobilizados para dar cumprimento às 49 ordens judiciais que compunham a força-tarefa.
“Esta é a maior ofensiva ao tráfico e caça ilegal de animais silvestres na história da Região Metropolitana e Vale dos Sinos, e é fruto do monitoramento das atividades criminosas dos líderes de uma quadrilha que também atuava na venda de armas de fogo utilizadas para a caça ilegal”, afirma a delegada Tatiana Bastos.
A organização criminosa, investigada há seis meses, é suspeita de vender os animais em grupos fechados e redes sociais. As aves silvestres, por exemplo, chegavam a custar R$ 2,5 mil cada. Outras espécies, como os macacos prego e sagui, a coruja suindara, a jiboia albina e o ouriço pigmeu africano eram alvos dos criminosos.
“A Operação Arca demonstra mais uma vez quão importante é a integração entre os órgãos da segurança pública. As novas dinâmicas sociais fazem com que as instituições voltem-se ao enfrentamento dos novos tipos criminais”, ressalta o tenente-coronel Vladimir Rosa, que é comandante do Comando Ambiental da Brigada Militar.
Foram realizadas diligências em 14 cidades gaúchas: Porto Alegre, Gravataí, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Cachoeirinha, Viamão, Minas do Leão, Barra do Ribeiro, Canoas, Sapucaia do Sul, Parobé, Portão, São Sebastião do Caí e Alvorada. Os presos serão ouvidos e encaminhados ao sistema prisional.