Conselho de Ética arquiva processo contra Ricardo Barros no caso Covaxin

Deputado diz que denúncia foi manobra política para prejudicar governo

Foto: Antônio Cruz / ABr / Divulgação

O Conselho de Ética da Câmara arquivou, nesta terça-feira, por 13 votos a seis, o processo de quebra de decoro contra o líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR). O parlamentar respondia por supostas irregularidades nas negociações para aquisição da vacina indiana Covaxin contra a Covid-19 após denúncia do deputado Luis Miranda (DEM-DF), na CPI da Pandemia no Senado.

Segundo as acusações de Luis Miranda na comissão, o presidente Jair Bolsonaro citou o nome de Barros como um provável envolvido no esquema. Na ocasião, após ter afirmado que denunciou o esquema para o presidente Jair Bolsonaro, Miranda disse ter ouvido de Bolsonaro que Barros queria fazer “rolo” no Ministério da Saúde.

O deputado Ricardo Barros argumentou que não existem provas de envolvimento dele nessas negociações e classificou a denúncia de “manobra política” para prejudicar o governo Bolsonaro. Segundo ele, apesar das quebras de sigilo, não foram encontradas irregularidades.

“Fizeram todo tipo de investigação, quebraram o meu sigilo, o das minhas empresas, fizeram um esforço enorme para comprovar o meu envolvimento e não encontraram nenhum indício de materialidade”, disse.