Uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro e evasão de divisas é alvo da Polícia Federal no Rio Grande do Sul. Cerca de 70 agentes estão mobilizados, nesta quarta-feira (17), em razão da operação Shawarma – deflagrada em razão de nove ordens judiciais de prisão temporária e 18 de busca e apreensão.
A PF conta com o apoio da Receita Federal e percorre as ruas de cidades como Chuí, Santa Vitória do Palmar, Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre. Também há um mandado em aberto em São Paulo/SP, além de medidas de restrição de bens e valores, bloqueios de contas bancárias e indisponibilidade de imóveis.
A quadrilha está na mira desde 2017, quando foi percebida a movimentação suspeita dos investigados – que movimentaram R$ 230 milhões até o ano passado. Se processados, eles podem ser responsabilizados pelos delitos de organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As penas, somadas, totalizam 24 anos de prisão.
Como aconteciam os desvios
O homem apontado como líder do esquema usava os documentos de “laranjas” para criar empresas e abrir contas em bancos. Com isso, apesar de estarem vinculadas a terceiros, as empresas eram geridas pelos investigados – possibilitando a lavagem de dinheiro por meio de CNPJs.
Entre as empresas investigadas, constam supermercados, empresas de tecnologia da informação, comércio de vestuário e um estacionamento. Uma casa de câmbio sediada no Uruguai, usada para receber recursos oriundos do Brasil, também estava sob o controle da quadrilha.