Os reajustes dos preços dos insumos têm pressionado as margens do varejo em todos os segmentos do setor. Conforme cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base em dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos nove primeiros meses de 2021, os preços dos produtos vendidos pelo varejo brasileiro acumularam uma alta média de 21,4% no atacado, mas o comércio repassou ao consumidor menos da metade do custo extra que teve com esses bens: o aumento de preços ao consumidor foi de 10,5%.
No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, os comerciantes pagaram 20,7% a mais pelas mercadorias no atacado, mas reajustaram seus preços ao consumidor em 10,4%.
O cálculo considera informações da inflação da indústria medida pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) e a inflação de cada segmento do comércio varejista obtida pela pesquisa do IBGE, através da diferença entre receita nominal e volume vendido.