O antiviral produzido pela Pfizer apresentou uma redução de 89% no risco de internações ou mortes por Covid-19 grave entre pessoas com alguma comorbidade e que receberam a droga até três dias após apresentarem os primeiro sintomas da doença. Este foi o resultado apresentado pelo laboratório norte-americano na manhã desta sexta-feira (5).
A farmacêutica fez um ensaio clínico com 3 mil voluntários, que foram divididos em dois grupos, um recebeu o antiviral e outro placebo. A empresa divulgou que um conselho independente de especialistas que monitoram seu ensaio clínico recomendou que o estudo fosse interrompido precocemente porque o benefício do medicamento para os pacientes se provou muito convincente.
O tratamento com o ritonavir, como é chamado o remédio, é feito com duas doses diárias por cinco dias seguidos. Tem indicação e ação ao produzido pela farmacêutica Merck, que conseguiu ontem a primeira autorização de uso no Reino Unido e está a espera de liberação nos Estados Unidos e na Europa.
A Pfizer disse que planeja enviar os dados o mais rápido possível ao FDA (agência reguladora dos EUA) para conseguir autorização de uso da pílula por lá.
O Brasil faz parte dos estudos clínicos de fase 2 e 3 do laboratório com 29 centros de pesquisa. Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo têm instituições que farão os testes. Para participar do estudo é necessário ter mais de 18 anos.
O acompanhamento terá duração de 24 semanas, com três visitas presenciais no primeiro mês e as demais consultas feitas por telefone.