O Sistema Cantareira, que abastece cerca de 7 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo, passou a operar oficialmente na faixa de restrição. Nesta quarta-feira, o reservatório opera com 28,5% da capacidade. São, ao todo, cinco faixas definidas pela Agência Nacional de Águas (ANA), as quais orientam os limites de retirada de água do sistema. A faixa de restrição é definida quando o sistema fica acima de 20% e abaixo de 30%.
Oficialmente, a ANA considera o último dia do mês anterior para definir o volume de água que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) poderá retirar no mês seguinte. Ao longo de outubro, por exemplo, a faixa era de alerta porque o mês de setembro terminou com 30,4%. Nesse grupo, a retirada pode chegar a 27 metros cúbicos por segundo (m³/s). Na faixa normal, a Sabesp pode retirar 33 m³/s. A faixa mais restritiva é a especial, quando o limite de retirada é 15,5 m³/s;
De acordo com a Sabesp, na prática, a nova faixa não altera a operação, tendo em vista que a companhia já opera há um ano com retirada de até 23 m³/s, porque esse volume atende a demanda.
Os dados da Sabesp mostram que choveu acima da média no Cantareira em outubro. Foram 166 milímetros (mm) no acumulado do mês. A média histórica é 122,3 milímetros. Mesmo assim, as águas não foram suficientes para compensar o sistema.