Após a invasão de um grupo de torcedores do Grêmio no gramado da Arena, logo depois da derrota da equipe para o Palmeiras, pelo Brasileirão, a Brigada Militar deverá pedir que as torcidas organizadas envolvidas na ação sejam impedidas de frequentar o estádio do Tricolor. A solicitação constará no relatório circunstanciado que será encaminhado nos próximos dias pela Corporação à Promotoria de Justiça Especializada do Torcedor do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).
A partir do início do tumulto, que gerou depredações, agressões a seguranças de empresas particulares e a jornalistas que trabalhavam na Arena, a BM interveio e conseguiu dispersar os torcedores que estavam no campo com a tropa do 1º Batalhão de Polícia de Choque (1º BPChq) presente no local. Apesar dos atos de violência, a ação não resultou em prisões.
Minutos depois do término do jogo, o tumulto ocorrido no campo foi transferido para o lado de fora da Arena, região em que carros foram destruídos e houve um corre-corre. Conforme o Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/03), a segurança dos estádios é de responsabilidade coletiva dos diversos atores do espetáculo.
A Brigada Militar realiza a segurança da arbitragem como imposição deste regulamento e mantém tropa de manutenção da ordem pública no interior dos estádios e policiamento geral no entorno. Aos clubes, cabe a revista dos torcedores para o ingresso e a manutenção de cadastro das torcidas organizadas, além da organização geral do evento em uma relação de consumo com o torcedor.
A invasão envolveu um grupo de torcedores vindos da Arquibancada Norte. Eles conseguiram acessar o campo e entraram no túnel do vestiário sendo contidos pelos policiais militares. Na ação, os invasores partiram para cima do banco de reservas e da cabine do VAR, quebrando o local e atirando a tela da TV no chão. Essa atitude deve gerar reações do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e até uma punição de mando de campo para o Grêmio não pode ser descartada.