Dívida das famílias brasileiras é a segunda maior da América Latina

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Um relatório sobre a riqueza global produzido pelo Grupo Allianz aponta que, apesar do crescimento da poupança durante a pandemia de Covid-19, a dívida das famílias brasileiras aumentou 11,2% em 2020, o segundo maior da América Latina, à exceção da Argentina, que vive um expressivo processo inflacionário.

Como resultado, o endividamento das famílias no Brasil soma hoje R$ 3,4 trilhões, mais da metade (55,8%) do total da região. Conforme o relatório do Grupo Allianz, as dívidas das famílias latino-americanas avançaram R$ 436 bilhões em 2020, alcançando R$ 6,2 trilhões, um aumento de 7,5% ante 2019. Outro país da região que preocupa é o México com R$ 1,07 trilhão. Juntos, os dois países representam 73% do passivo na América Latina.

No Brasil, a dívida das famílias em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) chegou a 46% no fim de 2020, maior do que em 2019 (41%). Além disso, a média de crescimento na última década, de 10%, é muito maior do que a nível global (4%). No entanto, em sua conclusão o relatório aponta que a média está abaixo de mercados emergentes (49%) e dos níveis da China (61%), Malásia (93%) e Tailândia (89%).