A Justiça concedeu, na tarde deste sábado, liberdade provisória aos dois homens investigados pela morte do vendedor ambulante Wagner de Oliveira Lovato, de 40 anos, em frente a uma loja de carnes após uma discussão na cidade de Alvorada, região Metropolitana. Segundo o despacho da ação de soltura, “não há no autos indicativos de que a liberdade dos investigados afetará a ordem pública de modo a justificar a manutenção do aprisionamento cautelar”. O documento ressalta ainda que ambos são réus primários, logo “não existindo assim, em princípio, risco de reintegração criminosa” e que “demonstrem o intento de evadirem-se de da aplicação da lei penal”.
O advogado do gerente do estabelecimento, mas que na data do ocorrido estava de folga, e de um amigo do mesmo, Jader Marques, afirmou que os dois homens já estão em casa e passam bem. “Ele irão aguardar, junto à família e em silêncio, pelos próximos acontecimentos e irão respeitar, é claro, todo processo”, afirmou em entrevista a Rádio Guaíba nesta tarde.
Os investigados esperam agora o oferecimento de denúncia por parte do Ministério Público do Rio Grande do Sul, que já está com todos os autos e provas da investigação realizada pela Polícia Civil. Conforme o inquérito, o óbito do comerciante foi resultado de agressão seguida por morte, sem intenção de matar. Conforme o delegado que investiga o caso, Edimar Machado, se condenados os suspeitos podem pegar de quatro à 12 anos de prisão.
Machado revelou que a Polícia Civil chegou a conclusão do crime após a análise dos vídeos das câmeras de segurança. “Nos vídeos fica claro que o que ocasionou a morte, foi em decorrência dos socos e da queda dele no solo. O laudo confirma que foi uma batida forte na cabeça num instrumento contundente, e não dá pra afirmar que a intenção dos agressores era matar a vítima, porque são dois socos que viram uma queda. Um fato grave, resultou na morte, mas não dá pra dizer que eles tinham a intenção de matar”, explicou o delegado.
Relembre o caso
Wagner de Oliveira Lovato foi espancado após uma discussão com um funcionário de um açougue na cidade de Alvorada, na região metropolitana. O incidente teria sido motivado pelo alto preço da carne. Ao sair do estabelecimento comercial, Lovato foi agredido a socos e pontapés por dois homens, o gerente da loja de carnes que estava de folga na data e de um amigo dele. Ferido gravemente e com traumatismo craniano, Lovato morreu no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre.