A Prevent Senior prepara uma série de ações judiciais contra Bruna Morato, a advogada que representa médicos demitidos da operadora de saúde e que denunciaram a empresa na CPI da Covid.
Uma dessas ações tem como objeto uma insinuação da advogada na CPI, de que seu escritório na cidade de Guarulhos, em São Paulo, teria sido invadido, no final de abril, por causa das denúncias que fez contra a empresa. A menção de Bruna sugere que o crime teria sido cometido a mando da operadora de saúde.
Prints de mensagens de WhatsApp e documentos do condomínio aos quais o R7 teve acesso colocam a versão da advogada em xeque. Primeiro, porque várias unidades do prédio foram invadidas, e não somente a da advogada. Depois, porque, à época da invasão, o caso ainda não era de conhecimento da imprensa e, muito menos, da Prevent Senior.
Numa das mensagens, Bruna Morato reclama de suposto vazamento da informação no grupo de WhatsApp do condomínio, quando o caso foi noticiado pela imprensa de Guarulhos. “Ora, se o crime fosse de mando e ela desconfiasse do autor, teria, de pronto, feito menção aos mandantes”, disse uma fonte da Prevent Senior.
As ações judiciais que a empresa vai mover contra a advogada estão em fase final de preparação. Para a Prevent, ela manipulou fotos para montar denúncias infundadas. Uma delas é a do furto ao condomínio.
Procurada pelo R7, a advogada Bruna Morato negou que tenha acusado a Prevent Senior. “O que eu falei foi que era uma coincidência. Semanas depois que eles entraram com petição no inquérito, o meu escritório foi invadido. Isso é um fato”, defende-se.