A falta de semicondutores atinge uma outra indústria, depois da automobilística. Agora é a vez do segmento de cartões do Brasil, que faz girar na economia um valor aproximado de R$ 2 trilhões ao ano e envolve bancos, fintechs e varejistas. A escassez do insumo praticamente zerou o estoque de chips das emissoras de cartões, suficiente para abastecer a demanda de novos plásticos por três meses.
Isso significa que existe uma espera de até um mês pela chegada de um cartão, o que pode provocar problemas de pagamentos já previstos nos cartões antigos ou até represando o consumo por parte dos clientes.
A associação que reúne as operadoras de cartão de crédito, a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), estima que os cartões responderam por cerca de 80% dos R$ 2 trilhões de transações realizadas com cartões de débito e crédito e nas operações com cartões pré-pagos no ano. As compras por aproximação, no entanto, ainda envolvem apenas R$ 41 bilhões.