Os próximos dias serão decisivos na relação entre governo e caminhoneiros. Uma assembleia organizada por três entidades de motoristas, incluindo grupos que lideraram a greve de 2018, foi realizada no Rio de Janeiro na noite de sábado com recado. Sem o atendimento de demandas do setor, o país voltará a enfrentar uma greve de caminhoneiros a partir do dia 01 de novembro.
Na pauta de reinvindicações estão o cumprimento do frete mínimo e uma nova política de preços para os combustíveis. O frete mínimo, ou valor mínimo, foi uma alternativa encontrada em 2018 para assegurar um preço mínimo de ganho pelo serviço prestado pelos motoristas
E a interlocução com o governo está sendo liderada pelo deputado federal gaúcho pelo PSL, Nereu Crispim. O parlamentar, aliás, protocolou um pedido para abertura de CPI para investigar a alta dos preços dos combustíveis que, em 2021, acumula 51% na gasolina e 38% no diesel e no gás de cozinha.
Estão envolvidas nessa mobilização a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cartas (CNTRC) e a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava). O estopim seria a chegada nas bombas dos postos de combustíveis o reajuste de R$ 0,25 no diesel anunciado pela Petrobras no dia 28 de setembro. E os caminhoneiros têm manifestado que o cenário atual é pior que em 2018.