IBEqui e Embrapa estudam parceria com foco na sanidade animal

As entidades também avaliam o desenvolvimento de produtos para saúde e nutrição de equídeos

Foto: Fernando Dias / arquivo

O Instituto Brasileiro de Equideocultura (IBEqui) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), instituição pública de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), estudam parceria inédita com foco na sanidade animal. As entidades também avaliam o desenvolvimento de produtos para saúde e nutrição de equídeos. As tratativas começaram em agosto.

Em reunião, realizada na capital paulista, o IBEqui e a Embrapa trataram, especialmente, sobre o mormo. Doença causada pela bactéria Burkholderia mallei, com notificação obrigatória no Brasil. No encontro, o Instituto foi representado pelo presidente executivo, Manuel Rossitto. Pela Embrapa, participaram o pesquisador Flábio Araújo e as bolsistas Isadora Souza e Cynthia Mantovani. Os profissionais do setor, Paula Silveira e Vinícius Santos, também estiveram presentes.

De acordo com o especialista da Embrapa, o mormo também é integrante da lista de doenças de comunicação oficial da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Embora esta enfermidade seja uma zoonose com potencial letal, podendo acometer seres humanos, os equídeos são seus principais hospedeiros e reservatórios.

“Além dos mercados da Europa e da Ásia, precisamos solucionar a questão das exportações para os países membros da Comunidade Andina, bloco econômico sul-americano formado por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. Esses países não aceitam cavalos do Brasil (importações definitivas), devido ao Acordo de Cartagena, que exige que o país exportador seja livre de mormo”, pontuou Manuel Rossitto, presidente executivo do IBEqui.

Países com acordo sanitário de exportação definitiva válido:
– Angola
– Argentina
– Congo
– Chile
– México
– Nicarágua
– Paraguai
– EUA
– Suriname
– Uruguai

A parceria

Para o início das ações, foi proposto um plano de trabalho, em apoio ao projeto já instituído entre Embrapa e Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários (DSA/MAPA), no âmbito da Rede de Colaboração para o fortalecimento do protocolo de diagnóstico do mormo no Brasil, visando o desenvolvimento de vacinas.