A Secretaria de Saúde de Porto Alegre (SMS) afirmou, nesta quinta-feira, que irá manter a vacinação de adolescentes sem comorbidades contra a Covid-19. A pasta alega que não foi notificada oficialmente, até o início da tarde de hoje, pelo Ministério da Saúde sobre a mudança na orientação de aplicação das doses no público.
Alegando haver vacinas suficientes, a expectativa é seguir ampliando a campanha até 12 anos, segundo o coordenador da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter. Nesta quinta-feira, a Capital aplica a primeira dose da Pfizer, única vacina autorizada para menores de idade, em jovens de 15 anos ou mais.
Conforme nota informativa, publicada ontem, o governo federal voltou atrás e agora passa a orientar a vacinação apenas de adolescente de 12 a 17 anos com comorbidades, deficiência permanente ou que estejam privados de liberdade.
Já a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que só irá reavaliar a vacinação de adolescentes em comorbidades, por meio Conselho das Secretarias Municipais da Saúde (Cosems/RS), na distribuição das próximas remessas da Pfizer destinadas à D1. Porém, o lote de doses do imunizante entregues na quarta-feira a todos os municípios gaúchos seguirá sendo aplicado no público adolescente de 12 a 17 anos.
Grande procura de adolescentes por vacina
Na manhã desta quinta-feira, o movimento de adolescentes foi intenso nos postos de saúde da Capital em busca da primeira dose do imunizante da Pfizer. No shopping João Pessoa, onde as filas de espera contornaram o prédio, os jovens elogiaram o fato de estarem sendo imunizados contra o coronavírus.
A estudante Andressa Rios, 15 anos, que foi acompanhada do irmão Andrius, afirmou que estava muito ansiosa pela vacina. “São quase dois anos de espera. Meus pais e meu irmão já estão vacinados. O meu desejo é que todos sejam vacinados o quanto antes”, destacou ela.
Moradora do bairro Glória, a estudante Amanda de Oliveira, 16 anos, disse que estava ansiosa por realizar a vacina. “Meus pais e avós estão imunizados e eu estava com muito receio dessa doença porque é algo muito grave e que ainda não terminou”, destacou a jovem que recebeu a primeira dose da Pfizer pouco antes das 9h.
Já Matheus Carvalho Oliveira, 16 anos, afirmou que estava há quase dois anos esperando pela vacinação. “O coronavírus chegou para apatifar com toda a nossa vida. Essa Pfizer no meu braço é minha”, destacou o jovem.
Os amigos Vitor Farias, 16 anos, morador do bairro Glória, e Maria Poliana, 16 anos, residente no bairro Vila Nova, afirmaram que estavam felizes pela aplicação da vacina. “Essa imunização representa o começo do fim dessa doença”, acrescentou.