Embora diversas cidades brasileiras tenham registrado falta de doses da AstraZeneca nos últimos dias, após uma interrupção nas entregas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta quarta-feira, que há “excesso de vacinas” no país. Ele também elogiou o antecessor na pasta, Eduardo Pazuello.
“Há excesso de vacinas, na realidade. O Brasil já distribuiu 260 milhões de doses de vacinas, 210 milhões já foram aplicadas”, disse Queiroga em evento no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O ministro acompanhou o envio das vacinas restantes para imunizar 100% da população adulta brasileira com a primeira dose. “Precisa acabar com essas narrativas de falta de vacina, isso não é procedente”, acrescentou.
Contudo, a suspensão por 15 dias das entregas da Fiocruz, que trabalha em parceria com a AstraZeneca no Brasil, deixou cidades de São Paulo e Rio de Janeiro sem imunizantes para honrar o calendário de aplicação da segunda dose. As entregas já foram retomadas pela entidade.
Ainda assim, Queiroga minimizou o impasse nesta quarta-feira, dizendo não haver “problema algum” com a AstraZeneca. “Eventualmente, pode haver algum retardo”, ponderou, em seguida.
O ministro também criticou a decisão autônoma do Estado de São Paulo de aplicar Pfizer em quem tinha a segunda dose de AstraZeneca atrasada, na tentativa de cumprir os prazos da campanha de vacinação.
“As recomendações técnicas (do Programa Nacional de Imunizações) devem ser seguidas por todos os entes federados. Se todos trabalharmos juntos, pararmos com essa torre de babel vacinal, nos livramos mais rápido dessa pandemia”, declarou.
*Com informações da Agência Estado