O ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, se reúne nesta segunda-feira (6/9) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no prédio da pasta, em Brasília. Apesar do cenário de crise hídrica e energética grave, a questão não deve marcar a pauta oficialmente. A reunião é do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), com objetivo de discutir combustível.
Albuquerque fez um pronunciamento na semana passada dizendo que a escassez de água se agravou e ressaltando a importância de reduzir o consumo. Apesar do cenário crítico, ele ainda descarta racionamento de energia, algo que não aconteceu pela última vez em 2001. “Hoje, eu me dirijo novamente a todos para informar que a nossa condição hidroenergética se agravou. O período de chuvas na região Sul foi pior que o esperado”, disse.
No mesmo dia, foi anunciado novo aumento de 6,78% na conta de energia elétrica, com a implementação de uma bandeira inédita, chamada de bandeira “Escassez Hídrica”. Essa nova taxa, de R$ 14,20/100kWh, é quase 50% acima da bandeira atual. Ela começou a valer em setembro e vai até abril de 2022.
Com isso, o cenário econômico preocupa, visto que o aumento empurra ainda mais a inflação. Guedes, entretanto, minimizou, em uma declaração que gerou muitas críticas. “Se no ano passado, que era o caos, nós nos organizamos e atravessamos, por que nós vamos ter medo agora? Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos?”, disse, no último dia 26.