“É uma greve ideológica”, afirma presidente da Carris

Mauricio Cunha criticou decisão da categoria

Greve foi anunciada por funcionários da Carris | Foto: Ricardo Giusti / CP

O presidente da Carris, Maurício Cunha, afirmou nesta sexta-feira que a greve por tempo indeterminado anunciada por funcionários da empresa, a partir desta sexta-feira, é ‘ideológica’. Ao criticar a decisão da categoria, Cunha afirmou que a prefeitura vai buscar apoio junto a empresas privadas para suprir a demanda do transporte público na Capital. Para impedir filas nas paradas e ônibus lotados, como na véspera, o objetivo é garantir que 130 veículos façam as linhas da Carris.

No início da noite, a prefeitura montou uma força-tarefa para ajustar os detalhes da operação. Cunha explica que a ideia é contar com 73 veículos de empresas privadas e outros 60 da própria Carris. “Se trata de uma greve ideológica, porque estamos trabalhando diariamente para conseguir reorganizar as finanças da empresa. E temos conseguido isso nos últimos meses, mas esse tipo de atitude só coloca a perder todo esforço feito durante seis meses”, observa. Segundo Cunha, 176 veículos é o número ideal para garantir o transporte dos passageiros que utilizam as linhas da companhia.

No que diz respeito à negociação com os funcionários, Cunha garante que as tratativas estão esgotadas. Ele alega que as negociações ocorreram durante dez dias em juízo no TRT, por meio de audiência de mediação, junto a grevistas e sindicatos. Na avaliação de Cunha, os grevistas descumpriram o acordo. É afirma que cada dia de paralisação resulta em R$ 500 mil de prejuízo à empresa. “Ao que parece os grevistas decidiram de vez liquidar com a empresa”, critica.

Apesar do anúncio de greve, Cunha acredita que a boa parte dos funcionários quer trabalhar e critica uma minoria barulhenta que ‘só pensa em fazer autopromoção política’. “Entre os funcionários da Carris, a maioria quer trabalhar, ver a empresa melhorando. Existe um comando de greve irresponsável”, dispara. Sobre as críticas dos funcionários à aprovação do projeto de lei que prevê a extinção gradual dos cobradores, Cunha alega que não fazia parte do acordo mediado pelo TRT.