Leite afirma que redução no envio de vacinas prejudicou cumprimento de meta no RS

Ao todo, 85 cidades não atenderam todos os adultos na data prevista

Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini

O governador Eduardo Leite revelou, nesta quinta-feira (26), que 412 dos 497 municípios gaúchos conseguiram bater a meta de oferecer ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19 até o dia 25 de agosto. Segundo o político, a redução do número de vacinas enviadas ao Rio Grande do Sul, nas últimas semanas, desacelerou a campanha nas outras cidades.

Desde o início da mobilização, o Estado vinha recebendo, aproximadamente, 6% do total de imunizantes disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Entretanto, desde a mudança no cálculo utilizado para a divisão das remessas, o índice foi de 4%. A expectativa é de que as prefeituras mais atrasadas passem a atender a população de 18 anos em breve.

“A partir da 32ª remessa, que chegou em 1º de agosto, tivemos essa diminuição. Entre o que nós esperávamos de vacinas remetidas ao Rio Grande do Sul e o que efetivamente chegou, tivemos cerca de 500 mil doses a menos. Mesmo assim, tivemos o empenho dos municípios para que pudéssemos avançar ao máximo na imunização”, ressalta Leite.

Até agora, todas as prefeituras já conseguiram dar início à vacinação dos jovens de 24 anos. Quatro deles só conseguiram avançar até os de 23, enquanto nove ainda aplicam doses nos de 22. A demora se repete na faixa-etária dos 21 anos (etapa que ainda é cumprida por 11 localidades), 20 (33 cidades), 19 (30 municípios).

Terceira dose e adolescentes

Ainda conforme o Palácio Piratini, cerca de um milhão de pessoas devem receber a terceira dose da vacina contra a Covid-19 a partir de 15 de setembro. O número corresponde a toda a população com mais de 70 anos, além dos imunossuprimidos. Entretanto, o cronograma da nova etapa de vacinação depende de um aval do Governo Federal.

“Também ainda há discussões, ainda não definidas, sobre a vacinação dos adolescentes com doses da Pfizer. Os portadores de comorbidades já tomaram a primeira dose. Ainda aguardamos uma posição do Ministério para sequenciar a campanha quanto aos demais”, explica a secretária adjunta da Saúde no Rio Grande do Sul, Ana Costa.

Outro tema que está no escopo da administração estadual, e que também depende do parecer do Ministério da Saúde, é o encurtamento do prazo para a segunda dose nos imunizantes da Pfizer/BioNTech e de Oxford/AstraZeneca. O novo período, sugerido pelo Palácio do Planalto, seria de oito semanas.