Fiocruz: RS deixa, pela 1ª vez, zona de alerta relacionada a internações em UTIs Covid

Entre as capitais, Porto Alegre também registrou índice de lotação abaixo do nível intermediário

Foto: Ricardo Giusti/CP

O Rio Grande do Sul deixou, pela primeira vez desde julho do ano passado, a zona de alerta, estabelecida no Boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referente a ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) ofertados para o tratamento de adultos no Sistema Único de Saúde (SUS). Com lotação de 57%, o Estado ficou três pontos percentuais abaixo do nível considerado pela instituição como intermediário – que corresponde a taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%. Os dados, que foram divulgados nesta quarta-feira em edição extra da publicação, são referentes a números obtidos no dia 9 de agosto.

De acordo com a Fiocruz, esse resultado é reflexo dos ganhos adquiridos com as vacinas e o processo de vacinação, já que além do Rio Grande do Sul, outros 20 estados ficaram fora da zona de alerta. Além disso, pela primeira vez desde outubro de 2020, nenhuma das 26 unidades federativas, assim como o Distrito Federal, ficaram na zona de alerta crítica, que é equivalente a taxas de ocupação superiores a 80% dos leitos de alta complexidade em instituições públicas para pacientes adultos com coronavírus.

A publicação da Fiocruz também relatou o desempenho das capitais do país. Porto Alegre ficou fora da zona de alerta, com índice de lotação de 59%. Outras 18 capitais ficaram fora dessa classificação, sendo que apenas Rio de Janeiro (RJ) e Goiânia (GO), com 97% e 92% de ocupação, respectivamente, foram colocadas na zona de alerta crítico.

A análise constatou ainda que o número de óbitos reduziu 1,1% em relação à semana anterior. A incidência de novos casos, ao mesmo tempo, diminuiu 0,8% por dia. Como consequência, de acordo com o estudo, observou-se uma pequena redução da letalidade em território nacional, agora em 2,7%.

No entanto, o balanço também alerta que os número de casos novos por dia – com média de 33.400 – e de óbitos diários – em média 910 – são ainda muito elevados, o que mostra a intensa circulação do vírus no Brasil.