A empresa chilena CMPC vai investir, nos próximos dois anos, R$ 2,75 bilhões na planta de celulose de Guaíba. O valor deve ser usado para modernizar e expandir, em cerca de 350 mil toneladas por ano, a capacidade de produção. Com isso, a previsão é de que sejam gerados 3.680 empregos diretos e indiretos em 26 meses, além de outros 3.850 induzidos, no entorno da comunidade. A ampliação prevê incremento de R$ 350 milhões em tributos às três esferas de governo – municipal, estadual e federal.
O CEO da CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, formalizou o anúncio em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira. Os trabalhos devem começar em setembro com previsão de término em 26 meses – até dezembro de 2023.
O projeto, batizado de BioCMPC, objetiva ampliar a produção da empresa, que superou dois milhões de toneladas de celulose e papel entre maio de 2020 e abril de 2021. Ao final das obras, a capacidade da unidade deve ser ampliada em 350 mil toneladas por ano – aumento de 18% em potencial de produtividade.
Conforme o governo do Estado, esse é o segundo maior investimento privado da história do Rio Grande do Sul – ficando atrás somente da criação de Guaíba 2, linha de produção de celulose da CMPC que teve a implantação concluída em 2015.
O projeto prevê, além do aumento na capacidade produtiva, diversas medidas de controle e gestão ambiental, como melhorias no tratamento de efluentes, redução nas emissões atmosféricas, aprimoramento nos sistemas de tratamento de gases e melhores estratégias de governança socioambiental.
As obras de implantação também serão sustentáveis. Além da utilização de mão de obra e fornecedores locais, não vai haver canteiro de obras na área de empresa, ou seja, a estrutura deve ser instalada em local distante da unidade industrial.
A implantação das melhorias prevê acesso de pessoas, máquinas e equipamentos pela BR-116, não provocando interferência no trânsito local. Os horários de obra também serão diferenciados, com atividades ocorrendo de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Além disso, a empresa prevê que os resíduos gerados na construção sejam reaproveitados e transformados em novos produtos.