Uma pesquisa, encomendada pela Assembleia Legislativa e apresentada nesta segunda-feira, mostra que a maioria dos gaúchos avalia o Sistema Único de Saúde (SUS) de forma positiva. Pelo menos 25,2% disseram considerar o serviço oferecido ótimo e 40,6%, bom. Para 26,6%, o SUS é regular, enquanto 2,9% disseram ser ruim e 4,7% responderam que é péssimo. No total, 83,2% relataram utilizar o SUS sempre ou às vezes, enquanto 16,8% disseram não utilizar. Foram ouvidas mil pessoas em todas as regiões gaúchas.
Entre as críticas ao sistema público, os usuários elencaram como principal a demora no atendimento, com mais de 50%; seguida pelo atendimento ruim, com 17,9%; pela falta de médicos, 10,3%; pela forma de atendimento dos médicos (que envolve a falta de diagnósticos mais assertivos e atenção ao quadro clínico do paciente), 7,4%. Também foram citados a falta de investimento (5,7%) e a falta de infraestrutura (4,2%).
Perguntados sobre qual ação deve ser prioridade dos gestores para qualificar a área da saúde depois de encerrada a pandemia de coronavírus, 19,5% responderam que é necessário melhorar o atendimento da rede, com contratação de mais médicos para que a espera por consultas diminua. Em segundo no ranking, com 15,1%, aparece fazer mutirões para atender a demanda reprimida, diminuindo a fila de exames e cirurgias.
Durante a apresentação da pesquisa, realizada pelo Instituto Pesquisas de Opinião (IPO), o presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB), sugeriu ao governo do Estado a realização de mutirões para fazer cirurgias eletivas que ficaram reprimidas durante a pandemia. A sugestão é de que, se forem necessários recursos orçamentários extras, que sejam viabilizados através dos valores das privatizações, realizadas recentemente pelo Executivo, com o aval do Legislativo.