Ministro Queiroga defende retorno de mais atividades econômicas

Ministro diz que avanço da vacinação e redução de casos possibilita, por exemplo, a retomada das aulas em agosto

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga | Foto: Myke Sena / MS / R7 MYKE SENA/MS - 07.07.2021

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou neste sábado que o avanço da vacinação e a redução de casos indica para a possibilidade de que mais setores voltem a funcionar normalmente. O ministro critica municípios que estão fazendo previsão de aplicar uma terceira dose de vacina e pede que todo o país siga as regras estabelecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ele afirma que a prioridade é avançar na primeira e na segunda doses para garantir a imunização da população e permitir a reabertura das atividades econômicas.

“O objetivo agora é esse, flexibilizar a abertura das atividades econômicas e isso vai no compasso do aumento da vacinação e obedecendo a protocolos seguros, pode ser feito”, disse.

O ministro mencionou a realização da Copa América. “Assistimos à Copa América e, ao contrário do que se previa, houve redução do número de casos e óbitos. Claro que foi por conta da vacinação, mas se seguirmos protocolos, nós temos condições de retomar atividades econômicas”, disse.

Nesse sentido, o ministro diz considerar fundamental o retorno do funcionamento das escolas. “É fundamental que agora em agosto se retomem as aulas.”

Antecipação da segunda dose

Sobre a antecipação da segunda dose da vacina da AstraZeneca, Queiroga lembrou que não há recomendação na bula do imunizante. No caso da Pfizer, a bula prescreve intervalo de 21 dias. No início da vacinação, o ministério da Saúde optou por um intervalo maior com o aval da fabricante, mas agora, com mais vacinas disponíveis, pode ser reavaliada a redução do tempo entre as duas doses, segundo o ministro.

O ministro avalia que a pandemia não está superada no país e que o número de mortes ainda é elevado, apesar da queda na média diária. Por isso, entende ser hora de intensificar a campanha de vacinação, incluindo adolescentes com comorbidades.

“Da forma como a campanha está andando, teremos 100% da população vacinável acima de 18 anos vacinada até setembro. A primeira dose da vacina e 50% vacinada com a segunda dose. Falo da população vacinável, que são 160 milhões de brasileiros. O PNI com sua câmara técnica estuda a criação de outro subgrupo, como por exemplo, os adolescentes de 13 a 18 anos com comorbidades”, afirmou.