20% dos brasileiros acima de 18 anos estão completamente vacinados contra a Covid-19

Dados do SUS mostram ainda que 54,7% da população vacinável já tomou a primeira dose de imunizante contra Covid-19

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Números do Ministério da Saúde atualizados na manhã desta quinta-feira (15) mostram que 20,43% da população brasileira com 18 anos ou mais já concluíram o esquema vacinal contra a Covid-19, seja com duas doses ou com a vacina de dose única da Janssen. O percentual representa 32,3 milhões de pessoas do grupo de 158 milhões que o Ministério da Saúde considera como aptos a serem imunizados nesta fase da campanha.

Deste total, outros 86,5 milhões receberam somente a primeira dose, 54,76% da população vacinável. Com base nos dados de hoje, 57,8 milhões de pessoas ainda precisam tomar a segunda dose, e outros 39,2 milhões não tomaram a primeira dose até o momento. Dos 118,8 milhões de doses aplicadas, 46,6% foram da vacina AstraZeneca/Fiocruz; 39,8% da CoronaVac; 10,4% da Pfizer/BioNTech; e 3,2% da Janssen.

O PNI (Programa Nacional de Imunizações) já distribuiu 153,2 milhões de vacinas às unidades da federação, das quais 9,2 milhões estão em processo de envio.

Vacinação surte efeito nos indicadores

O avanço da campanha de imunização contra a covid-19 no Brasil já tem refletido nos indicadores de ocupação de leitos de UTI e mortes. Nas últimas três semanas houve queda do número de mortes por covid-19 no Brasil, segundo o ministério.

Um boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz, publicado na quarta-feira (14), mostra que, pela primeira vez desde o início de dezembro de 2020, nenhuma unidade da federação apresenta taxa de ocupação dos leitos de UTI para adultos acima de 90%.

Os pesquisadores classificam a tendência de queda como “um processo de arrefecimento mais duradouro da pandemia para os próximos meses”, acrescentando que “a tendência de redução das taxas de ocupação de leitos é um reflexo da nova fase da epidemia no país”.

Todavia, a nota ressalta a importância da manutenção de medidas de proteção. “É importante destacar que as vacinas disponíveis apresentam limites em relação ao bloqueio da transmissão do vírus, que continua circulando com intensidade. As vacinas são especialmente efetivas na prevenção de casos graves.”