A operação acontece em 12 municípios da Região Metropolitana, que inclui visitação em 24 propriedades rurais e está inserida no planejamento de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).
As inspeções são realizadas com o objetivo de qualificar os processos nas operações de pulverização no manejo de grandes culturas e apresentar novos conceitos e práticas da Tecnologia de Aplicação de Produtos, garantindo que os produtos atinjam tão somente o alvo a que se destinam.
Com esse trabalho é possível evitar problemas de intoxicação e deriva de produtos químicos, melhorar o aproveitamento dos produtos utilizados e qualificar o processo de aplicação de produtos, evitando desperdício.
Segundo o extensionista da Emater/RS-Ascar, Guilherme Martins Costa, o trabalho não tem a conotação de fiscalização e certificação das máquinas inspecionadas, e sim de orientação aos agricultores sobre o estado de conservação/manutenção dos equipamentos e de como isso influencia na qualidade da aplicação de produtos fitossanitários e na sustentabilidade na produção de alimentos, sendo este serviço essencial à agricultura.
A inspeção é feita a partir da análise de todas as partes do pulverizador, incluindo filtro, depósito, elementos de proteção e segurança. Também são avaliados bicos e pontas, bem como a pressão do equipamento e as informações operacionais. Para fazer esse trabalho, os extensionistas seguem um protocolo técnico de inspeção de pulverizadores de barras, onde constam os critérios de avaliação de diversos itens referentes à pulverização.
Este protocolo está dentro do aplicativo desenvolvido pela Emater/RS-Ascar, chamado APP PULVER. A partir da análise dos dados postados no APP é gerada uma recomendação ao agricultor para melhoria do processo de pulverização. Após a inspeção, os dados são enviados para um banco de dados central que, após a tabulação, serão submetidos a uma análise por estatística descritiva com as demais regiões do Estado.
A inspeção é realizada na Região Metropolitana nos municípios de Capivari do Sul, Glorinha, Gravataí, Maquiné, Nova Hartz, Osório, Palmares do Sul, Portão, Sertão Santana, Triunfo, Viamão e Camaquã.
Em Camaquã foi realizada inspeção técnica na propriedade de Gil Pierre Rocha Martins e foi possível observar que as pontas de pulverização não estavam aspergindo a vazão calibrada para a área, o que causou surpresa em Martins. O extensionista da Emater/RS-Ascar, Emerson Portes, comenta que essa demonstração de método é excelente, pois permite que o agricultor visualize se existe algum problema e assim pode fazer os ajustes necessários para otimizar a aplicação e reduzir custos e danos ambientais.
Já o extensionista da Emater/RS-Ascar em Camaquã, Valério Sanches, ressalta a importância da boa calibragem do pulverizador para evitar, assim, a deriva para cultura não alvo.