O ex-embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima morreu, nesta segunda-feira, aos 88 anos, em Brasília. Ele havia sido internado no sábado, com problemas renais, um dia depois de ter feito aniversário.
Considerado um dos mais importantes diplomatas brasileiros, Flecha de Lima atuou como secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores e embaixador do Brasil em Londres, Washington e Roma.
O Ministério das Relações Exteriores confirmou o óbito. O corpo de Flecha de Lima vai ser velado nesta terça-feira, no Itamaraty, antes de ser levado a Belo Horizonte (MG), para ser enterrado no jazigo da família.
Flecha de Lima era viúvo de Lúcia Flecha de Lima, com quem ficou 54 anos casado. Lúcia morreu em 2017, vítima de câncer, também em Brasília. O casal tinha cinco filhos.
Determinação e patriotismo
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que Flecha de Lima ingressou no Itamaraty em 1955 e, ao longo das décadas seguintes, “defendeu os interesses do Brasil com determinação, patriotismo e profissionalismo”.
Em 1985, segundo o Itamaraty, alcançou o mais alto posto de carreira da diplomacia, tornando-se Secretário-Geral das Relações Exteriores, tendo desempenhado papel fundamental na inserção internacional do Brasil na fase final da Guerra Fria. Flecha de Lima, mais tarde, atuou como embaixador em Londres (1990-1993), Washington (1993-1999) e Roma (1999-2001).