Pesquisa mostra Lula com 35% das intenções de voto e Bolsonaro com 33%

Em eventual 2º turno, petista vence com 46,8%. Rejeição de Bolsonaro é de 49,8% contra 36,4% de Lula

Foto: Ricardo Giusti / CP

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Orbis, entre os dias 7 e 8 de julho, para saber as intenções de votos dos eleitores do país para a próxima eleição para presidente da República, em 2022, revelou que 35,7% dos brasileiros pretendem votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e 33,5%, em Jair Bolsonaro (sem partido).

A pesquisa mostrou ainda que 8% querem votar no ex-juiz Sérgio Moro, 6,8% em Ciro Gomes (PDT), 3,1% no atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e 2,5% no ex-ministro da saúde Henrique Mandetta (DEM). Preferem votar em branco ou nulo 4,5% dos brasileiros e 5,9% não sabem responder.

Entre as mulheres, 38,6% pretendem voltar em Lula e 28,9%, em Bolsonaro. Já entre os homens, 31,6% escolhem Lula e 39,6%, Bolsonaro.

A pesquisa também indica que 43,9% de jovens entre 16 e 19 preferem Lula. Com essa mesma faixa etária, 24% escolhem Bolsonaro. Entre os eleitores de 20 a 35 anos, Lula e Bolsonaro aparecem em empate técnico, com 35,2% e 35,4%, respectivamente.

Já entre os eleitores da faixa etária dos 36 aos 65 anos, Bolsonaro vem à frente, com 36% dos eleitores e Lula marca 35%. Por fim, entre os votantes acima dos 66 anos, Lula vence com 29,3%. Bolsonaro registra 26,6% da preferência nessa faixa etária.

No recorte por renda, Lula conta com a preferência entre os eleitores com salário até R$ 1.045, com 44% do eleitorado contra 23% para Bolsonaro. Nas demais faixas salarias, Bolsonaro lidera. Entre votantes com renda entre R$ 1.045 e R$ 2 mil, Bolsonaro contabiliza 37% da preferência contra 34% de Lula. Na faixa entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, o atual presidente lidera com 36% e o petista com 33%. Entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, Bolsonaro soma 39%, contra 27% de Lula.

Entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, Bolsonaro é preferido por 34% dos eleitores contra 27% de Lula. Por fim, entre pessoas que recebem mais de R$ 15 mil, Bolsonaro garante a preferência de 48%, contra 21% de Lula.

No recorte por região, a pesquisa demonstra que no Centro-Oeste, Norte e Sul, Bolsonaro lidera as intenções de voto com 41,7%, 37,8% e 44,4%, respectivamente. Já nas regiões Nordeste e Sudeste, Lula é o preferido por 43,4% e 34,6% dos votantes.

Percentual de rejeição
Segundo o levantamento, não pretendem votar em Bolsonaro de jeito nenhum 49,8% de eleitores e não devem votar em Lula, de jeito nenhum, 36,4%. O percentual de rejeição dos demais candidatos é de 3,3% para João Doria, 2,2% para Sergio Moro, 2,1% no caso de Ciro, e 1,4% para Mandetta. Um por cento disse que pode votar em qualquer candidato e 3,8% não souberam responder.

O índice de rejeição por sexo mostra que, entre as mulheres, 53,8% não pretendem votar de jeito nenhum em Bolsonaro e 31,6% em Lula. Entre os homens, não devem votar em Lula 44,3%, contra rejeição de 42,9% de Bolsonaro.

O instituto também perguntou para diferentes faixas etárias em qual candidato não pretendem votar de jeito nenhum. Entre 16 e 19 anos, a rejeição de Bolsonaro é de 56,4% e a de Lula, 29,1%. Dos 20 aos 35 anos, não escolhem Bolsonaro 51,3% e 37%, Lula. Entre os 36 e 65 anos, 47,9% não querem Bolsonaro e 39,3% dizem rejeitar Lula. Por fim, acima dos 66 anos, não escolhem Bolsonaro, 42,6% e 30,9%, Lula.

O recorte por renda mostra que não pretendem votar em Bolsonaro 56% das pessoas com salário até R$ 1.045, 47% com renda entre R$ 1.045 e R$ 2 mil, 49% dos votantes com salário entre R$ 2 mil e R$ 5 mil. Entre os que recebem de R$ 5 mil a R$ 10 mil, 48% dizem rejeitar Bolsonaro. Entre os eleitores com renda de R$ 10 mil a R$ 15 mil, o índice de rejeição a Bolsonaro cai para 44%. No caso dos eleitores com renda acima de R$ 15 mil esse índice de rejeição é de 42%.

Já o índice de rejeição de Lula é de 26% entre pessoas com renda até R$ 1.045. Na faixa dos R$ 1.045 a R$ 2 mil, 38% não pretendem votar no candidato do PT de jeito nenhum, 41% dos eleitores que recebem de R$ 2 mil a R$ 5 mil não devem votar no ex-presidente. Entre os que recebem entre R$ 5 mil e 10 mil, 44% não querem Lula, 46% das pessoas com salários entre R$ 10 mil e R$ 15 mil não vota no petista e, por fim, não escolhe Lula metade dos eleitores com renda acima de R$ 15 mil.

A pesquisa mostrou também a rejeição dos candidatos por região. No Centro-Oeste, Bolsonaro é rejeitado por 42,6% dos eleitores contra 41,9% de Lula. No Nordeste, 54,2% não devem votar, de jeito algum, em Bolsonaro, contra 32,5% de Lula. No Norte, a rejeição de Bolsonaro é de 46,2% e de Lula, 39,1%. No Sudeste, 51,5% não querem Bolsonaro e 33,1% não escolhem Lula. No Sul, a rejeição de Lula é maior: são 52,5% que não escolhem o petista, contra 39,8% de Bolsonaro.

Segundo turno
Em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, Lula vence com 46,8% das intenções de voto contra 38,9% para Bolsonaro, 11,4% escolhem votar em branco ou nulo e 2,9% não sabem responder.

No recorte por sexo, o levantamento mostra que 51,1% das mulheres preferem Lula e 34%, Bolsonaro, 11,3% o voto branco ou nulo e 3,6% não sabem responder. Entre os homens, 40,9% escolhem em Lula e 45,5% Bolsonaro, 11,6% o branco ou nulo e 2% não sabem responder.

Na divisão por faixa etária, a pesquisa mostrou que, entre os 16 e 19 anos, 57,7% preferem Lula e 29,9% Bolsonaro. Entre as pessoas de 20 a 35 anos, 46,7% querem Lula e 40,3% em Bolsonaro. Entre os eleitores com 36 e 65 anos, 45% escolhem Lula e 41,3% Bolsonaro. Por fim, entre os eleitores com mais de 66 anos, 40,8% preferem Lula e 34,2%, Bolsonaro.

A pesquisa também revelou o cenário de um eventual segundo turno entre os candidatos por renda. Na primeira faixa salarial (até R$ 1.045), Lula vence com 58% contra 27% de eleitores de Bolsonaro. Escolhem Lula 44% dos eleitores com salário entre R$ 1.045 e R$ 2 mil e 42%, Bolsonaro. Os candidatos aparecem empatados, com 43% das intenções de votos, entre eleitores com renda entre R$ 2 mil e R$ 5 mil.

Já na faixa salarial de R$ 5 mil a R$ 10 mil, Bolsonaro é preferido entre 44% dos eleitores contra 41% de preferência para Lula. Para quem ganha entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, Bolsonaro contabiliza 43% e Lula, 39%. Entre os votantes com renda acima de R$ 15 mil, Bolsonaro reúne 52% das intenções de voto contra 33% de Lula.

Em um segundo turno, o recorte por região revela que Lula perde com 37,8% contra 47,8% de Bolsonaro no Centro-Oeste. No Nordeste, reduto eleitoral do petista, Lula vence com 53,1% das intenções de voto contra 34,2% para Bolsonaro. No Norte, Lula soma 43,5% contra 44% de Bolsonaro. No Sudeste, Lula reúne 48,6% das intenções de voto e Bolsonaro, 35,6%. E no Sul, Bolsonaro lidera com 51,9% da preferência contra 32,3% para Lula.

Processo de impeachment
A pesquisa do instituto Orbis também questionou os eleitores sobre a instauração de um processo de impeachment contra o atual presidente, Jair Bolsonaro. O levantamento mostrou que 49% é a favor da interrupção do mandato e 44,4% contra, 6,6% não sabem responder.

Entre as mulheres, 52,7% são favoráveis ao impeachment e 39,1% são contrárias, e 8,2% não sabem responder. Entre homens, 43,9% são favoráveis ao impedimento do presidente e 51,6% contrários, enquanto 4,5% não sabem responder.

Entre os jovens da faixa etária dos 16 aos 19 anos, 59,1% se dizem favoráveis ao impedimento, 34,3% contrários e 6,6% não sabem responder. Já entre pessoas de 20 a 35 anos, 49,4% se dizem favoráveis à instauração do processo e 45,8%, contrários, enquanto 4,8% não sabem responder. Na faixa dos 36 a 65 anos, 46,9% são favoráveis ao impeachment e 46,3%, contrários, com 6,8% que não sabem responder. Por fim, acima dos 66 anos, 42,3% são a favor da instauração do impedimento e 43,8%, contra.

Entre quem recebe até R$ 1.045, 54% são a favor e 34% contra o impeachment, 12% não sabem responder. Na faixa salarial de R$ 1.045 e R$ 2 mil, 46% se mostraram favoráveis à interrupção do mandato presencial e 49% contrários, enquanto 5% não sabem responder. Para os que recebem entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, 49% são a favor e 47% contra, com 4% que não sabem responder.