O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) informou, nesta sexta-feira, que não há motivos de preocupação da população quanto à água que é distribuída a partir da captação do lago Guaíba. A nota sai um dia após a divulgação de um estudo, publicado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), detalhando que a poluição do arroio Dilúvio cresce ao longo da extensão, levando para o Guaíba metais potencialmente tóxicos à saúde. Conforme o departamento, a água é tratada nas seis Estações de Tratamento de Água (ETAs), em um processo que elimina o risco de contaminação e atende aos padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
“A pesquisa aponta a presença de metais potencialmente tóxicos nos sedimentos do arroio, e não na água. Ao Dmae cabe realizar a análise da água dos mananciais de Porto Alegre, fontes de abastecimento à população, e não dos sedimentos que ficam depositados nesses mananciais, nem nos 27 arroios, dentre eles, o Dilúvio, que compõem as bacias hidrográficas da Capital”, esclarece o Departamento.
O órgão também relata que são realizadas, no Guaíba, 2.520 análises por ano em 15 pontos de monitoramento, para verificação de 26 parâmetros de qualidade da água. “Nessas análises, o Departamento não detectou a presença de metais”, informou. O Dmae também esclarece que não teve acesso à pesquisa completa, apenas ao texto publicado no site da instituição nesta quinta-feira.
Veja o comunicado na íntegra:
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) teve ciência da pesquisa que apontou contaminação por metais no Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, por meio da publicação no site da UFRGS, nesta quinta-feira, 08 de julho. No entanto, não teve acesso ainda ao texto do estudo. A pesquisa aponta a presença de metais potencialmente tóxicos nos sedimentos do arroio, e não na água. Ao Dmae cabe realizar a análise da água dos mananciais de Porto Alegre, fontes de abastecimento à população, e não dos sedimentos que ficam depositados nesses mananciais, nem nos 27 arroios, dentre eles, o Dilúvio, que compõem as bacias hidrográficas da Capital.
Assim, apenas no Lago Guaíba – a maior fonte de água de Porto Alegre – são realizados anualmente 2.520 análises, em 15 pontos de monitoramento, para verificar 26 parâmetros. Nessas análises, o Departamento não detectou a presença de metais.
Além disto, o Dmae reafirma que não há motivos de preocupação da população quanto à água que é distribuída para consumo humano, pois ela é tratada nas seis Estações de Tratamento de Água (ETAs), em um processo que elimina o risco de contaminação e atende aos padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Sobre ter conhecimento dos resultados, citados pelo pesquisador em entrevista à Rádio Guaíba, o Dmae informa que se trata de assunto diferente de outro apresentado pelos mesmos pesquisadores em 2019. Na oportunidade, o estudo era referente à análise de sedimentos do Lago Guaíba, quando então técnicos do Dmae foram consultados.