A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou nesta terça-feira à Polícia Federal o inquérito que investiga o presidente Jair Bolsonaro por possível crime de prevaricação no caso envolvendo suspeitas de irregularidades nas negociações para a compra da Covaxin. Com isso, a corporação pode tomar o depoimento do chefe do Executivo, entre outras diligências necessárias para a instrução do processo.
Na sexta-feira passada, Rosa Weber atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), cuja solicitação decorreu de notícia-crime enviada ao Supremo por senadores de oposição, que pediam a investigação da conduta de Bolsonaro.
De acordo com os parlamentares, o presidente não tomou providências após ser alertado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e pelo irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, sobre supostas irregularidades nas tratativas para compra de doses da Covaxin.
Na sexta, a ministra do STF havia fixado prazo de 90 dias para a realização das investigações. Entre as diligências, a PGR quer ouvir todos os envolvidos no caso.