Chega a 877 o número de gaúchos que podem ter recebido doses da vacina AstraZeneca vencida. Conforme relatório publicado nesta segunda-feira pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), o número representa 0,27% do total de vacinas distribuídas nos três lotes, com 313.630 doses, citados em reportagem da Folha de S.Paulo, na semana passada. O número de ocorrências, em cidades gaúchas, citado pelo jornal era menor, de 806 doses tomadas fora da validade. A Pasta explica, porém, que a maior parte das situações decorre de falha no registro.
Conforme o governo, todos os lotes distribuídos aos municípios tinham prazo de validade superior a dois meses. Os lotes são: 4120Z005, com validade de 14 de abril e distribuído em 25 de janeiro, CTMAV520, com validade de 31 de maio e distribuído em 26 de março, e 4120Z026, com validade de 22 de junho e distribuído em 25 de fevereiro.
“Muitos municípios já nos deram retorno de sua verificação e concluíram por equívocos de registro no sistema. Agora, com a lista dos 877 nomes, os municípios devem fazer buscas aos vacinados e verificar os casos um a um”, afirmou a secretária adjunta da SES, Ana Costa.
O Estado emitiu um documento, com o nome de todos os vacinados com as doses fora do prazo de validade, às 18 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), que repassarão os dados aos 75 municípios onde houve localização desse tipo de registro.
A Secretaria garantiu que a logística de distribuição prevê a entrega das vacinas às regionais de saúde em 24 horas e, aos municípios, em até 36 horas. O Ministério da Saúde orienta que, caso seja comprovado que houve aplicação de dose fora da validade, o vacinado deve receber nova dose, no prazo mínimo de 30 dias após a aplicação da dose vencida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), receber uma vacina vencida pode diminuir o efeito protetor, mas o fato não acarreta em risco de evento adverso.