Morreu, na manhã deste sábado, o ex-senador José Paulo Bisol. Aos 92 anos, ele recebia atendimento no Hospital Moinhos de Vento, onde faleceu por insuficiência respiratória. Em nota, a casa de saúde informou que o falecimento ocorreu “às 10h26 da manhã deste sábado (26), por falência orgânica múltipla”. Bisol havia sido transferido de Osório para o Centro de Terapia Intensiva da instituição, em 31 de maio, com infarto agudo do miocárdio. “Aos 92 anos, o desembargador aposentado, escritor e político tinha insuficiência renal crônica e teve suas condições agravadas por choque cardiogênico e séptico”, completa o comunicado.
Além de senador, Bisol atuou como deputado estadual e secretário estadual de Justiça e Segurança no governo de Olívio Dutra (PT), entre 1999 e 2002. Por duas vezes, concorreu à vice-presidência da República, pelo PSB, ambas em chapas encabeçadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1989 e 1994.
Eleito deputado estadual em 1982, Bisol assumiu o cargo de senador, pelo MDB, ao ser eleito quatro anos depois, em 1986. Destacou-se como relator da sub-comissão de patrimônio na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Orçamento, quando denunciou e juntou provas de corrupção envolvendo a construtora Odebrecht. Em 1998, já pelo PSB, voltou a disputar o Senado pelo Rio Grande do Sul, mas não se elegeu. Em 2009, recebeu a medalha do Mérito Farroupilha, mais alta honraria concedida pelo parlamento gaúcho.
Natural de Porto Alegre, Bisol deixa a esposa, Vera Lúcia Zanette, três filhos, Tula, Ricardo e Jairo, nove netos e um bisneto. O velório e o enterro serão reservados à família, em razão da pandemia de coronavírus.