O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta terça-feira, à CPI da Covid, que o Brasil pode passar por mais um período de “dificuldade” e “vulnerabilidade” na campanha de vacinação contra a Covid-19 nos meses de julho e agosto de 2021.
Segundo Queiroga, o principal motivo para o ritmo de vacinação continuar lento nestes meses é a volta da possibilidade de faltar IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) para produção de vacinas, em remessas que dependem de envio da China.
Ele afirmou que o problema só vai começar a ser resolvido a partir de setembro, com a chegada de doses da Pfizer e da Janssen e reafirmou a meta do governo de federal de vacinar todos os adultos até o fim de 2021. Segundo cronograma oficial do Ministério da Saúde, pouco mais de 210 milhões de doses das duas vacinas devem chegar a partir dos últimos meses de 2021.
Ainda de acordo com o cronograma, não há previsão oficial do quanto deve ser entregue no mês de julho e no mês de agosto. A informação de entregas junta dados de todos os meses do terceiro trimestre (170,5 milhões), entre vacinas da Pfizer, Coronavac e Astrazeneca/Oxford.
O ministro acrescentou que o foco do ministério é a antecipação das doses importadas e que procura ser conservador nas previsões “para não criar expectativas falsas na sociedade brasileira”.
Para Queiroga, assim que o Brasil deixar de passar por falta de vacinas e IFA, o SUS (Sistema de Saúde Único) vai conseguir vacinar 2,4 milhões de pessoas por dia. Até agora, o Brasil contabiliza pouco mais de 51 milhões de vacinados com a primeira dose. Os totalmente imunizados, com as duas doses, foram até agora 23,3 milhões (11,02% da população).