“CPI é um processo artificial, liderado por pessoas sem credibilidade”, dispara Onyx

Ministro acredita que investigação não terá nenhum efeito junto à sociedade

Para Onyx, os senadores conduzem o processo de forma desrespeitosa. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os principais interlocutores do Palácio do Planalto voltaram a criticar o andamento da CPI da Pandemia, no Senado, um dia após o depoimento da médica Nise Yamaguchi. Os aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) avaliam que, até o momento, os trabalhos não resultaram em nenhum efeito negativo na popularidade do Governo.

Em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, na manhã desta quarta-feira (2), o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), disparou contra o presidente da Comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL).

“Essa CPI é um processo artificial, liderado por pessoas que não têm nenhuma credibilidade. É uma tentativa, sem nenhum efeito junto à população, de construir uma narrativa de agressões, suposições, fantasias em relação ao Governo. Creio que essas últimas manifestações mostram que a população está ao lado do presidente”, diz.

O político também atacou o comportamento dos parlamentares durante o questionamento de Yamaguchi – que foi convidada a depor em razão de seu posicionamento favorável ao uso de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19. Para Onyx, os senadores conduziram o processo de forma desrespeitosa.

“Assistimos a uma forma de tratamento bastante agressiva. Ela, apesar de ser uma mulher de composição física pequena, teve um espírito gigante. Uma postura irrepreensível, não se perturbou em nenhum momento. Acho que os esclarecimentos foram feitos. Eles vão ficar nessa conversa o tempo todo, e não vai aparecer nada”, garante.

Copa América

Questionado sobre a realização da Copa América no Brasil, confirmada na noite dessa terça-feira, o ministro buscou estabelecer um paralelo entre a competição e as demais partidas de futebol realizadas no país, em meio à pandemia. Ele citou, como exemplos, a Libertadores e a Sul-Americana – que também são promovidas pela Conmebol.

“São cerca de 500, ou 600 pessoas que virão, da América Latina. Os atletas serão testados previamente, e estarão acompanhados por protocolos médicos muito rígidos. Precisamos repetir apenas o que é feito, rotineiramente, nas nossas cidades. Não consigo enxergar, e acho que o presidente também não, onde isso é um problema para o país”, opina.

O Palácio do Planalto já confirmou quatro das cinco sedes da Copa América no país: Distrito Federal, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Goiás. Alguns estados, como o Rio Grande do Sul e São Paulo, já vetaram a realização dos jogos. O torneio deve ser disputado a partir do dia 13 de junho.